Pages

30 de julho de 2007

Destranca a porta





Se tudo corre bem, porque me sinto às voltas na minha cabeça?
A minha cabeça não está agarrada ao corpo, anda por aí a voar.
Sem sentido ou direcção específica.
Pode ser cansaço acumulado ou do calor que assola as ruas, no entanto, não me sinto como se estivesse em mim. Sei que sinto algo semelhante a uma calmaria e paz interior que me impede de fazer seja o que for.
Como fugir a isto? Quero fugir a isto?
Tenho vontade de ficar sentado num local minimamente fresco, a fumar cigarros e a ouvir musica enquanto rabisco num caderno. É isso. É o que me apetece fazer. Tudo o resto não importa a não ser esse momento em que vou estar "em mim mesmo".
Acho que quando sair do trabalho, páro na marginal e fico uma hora no local que deveria estar à horas, e não, num sítio onde não vou conseguir ser produtivo. Deviamos ter a possibilidade de fazermos o que nos apetece-se a qualquer momento e altura, sem sermos reprovados ou criticados. Para quê trabalhar e ter dinheiro se não temos o espírito em paz?
Tenho de arranjar um "out of jail" card.

...Sou um, apenas um.

É por dentro que eu gosto que aconteça a minha vida.

Intíma.
Funda.

Mas os versos depois, frutos do sonho e dessa mesma vida, é quase à queima roupa que os atiro, contra a serenidade de quem passa.

Canta.
Canta.

Canto como sou.
Senhor, sabes quem sou?

Canta.

Porto Covo



Um fim de semana.
Uma fuga da realidade aborrecida.
A companhia dos amigos mais próximos.
Novas pessoas que conheço.



Um fim de semana.
Do caraças?
Do camandro?
Excelente?
Os adjectivos ficam para quem os queira dar.Prefiro associar às memórias que ficam marcadas.



Seria fácil resumir o fim de semana num post corrido, falando de tudo e de nada.
Prefiro resumi-lo a acontecimentos que guardo na memória.
Um a um, descrevem a vontade com que estou neste momento ( são 11h da manhã de Segunda Feira, ora, dia de trabalho ) de voltar para tal ambiente.

1 - Números de telefone colados a vidros do carro. Zé sofre.

2 - Dois cd's com músicas dos anos 80.

3 - Primeiro momento a ver a praia com a luz da lua a reflectir na água.

4 - Primeira cerveja no Marquês.

5 - Um T0 para 6 pessoas.

6 - As pessoas começam a chegar.

7 - A boa onda da malta. Começam a falar e a conhecer-se.

8 - Os copazos de cerveja.

9 - Mar de Rocks »» Noite 1

10 - Bebidas a saírem como chuva no Inverno.

11 - Dança-se, bebe-se, fala-se com a língua enrolada, ri-se, fuma-se.

12 - Tentativa de jogar às cartas. São 7h da manhã.

13 - Atura-se o Balu.

14 - Balu passa a noite a falar em grego. Lisbon acompanha.

15 - Zé e Filipe são engrupidos e dormem no chão.

16 - A manhã chega. A ressaca é evidente.

17 - Praia.

18 - Mergulhos, sol, mergulhos, sol, mergulhos, sol, creme.

19 - Convivio boa onda.

20 - Um dia de praia associado a um dia de sol, conjugado com um bom grupo de amigos.

21 - O desejo de comer caracois e ameijoas surge.

22 - Patuscada com canecas de cerveja = preparação para a noite.

23 - Desejo de jantar peixe grelhado.

24 - Banho.

24 - Jantarada na Quinta Dimensão. Atendimento digno de X-Files.

25 - Peixinho grelhado soube a mel.

26 - Várias cervejas no Marquês.

27 - Copinhos de leite vão para casa. São 3h da manhã.

28 - Uma cerveja à borla convence-me a ficar.

29 - 4 rapazes e uma rapariga deslocam-se lentamente para o Mar de Rocks.

30 - Mar de Rocks »» Noite 2

31 - Cerveja e conversa.

32 - Fala-se de opiniões, gostos, vontades e desejos.

33 - Bebe-se uma pilha muito considerável de cerveja.

34 - Conchinha.

35 - Expulsão do bar ocorre às 8h da manhã.

36 - Conversa continua na falésia.

37 - O sol sai da cama e o dia começa com a visão do mar.

38 - Deslocação muito lenta para a padaria.

39 - Pão com pão sabe a mel.

40 - Momento de parvoíce de sono e bebida. O deboche numa esquina.

41 - Alguém decide que afinal já é mulher novamente.

42 - Snaita, rata, pipi, cona, patareca, passarinha, pachacha.

43 - "Um sumol de ssssssnnai...laranja"

44 - Hora de dormitar algo.

45 - Última manhã em Porto Covo.

46 - Novamente a ressaca é evidente.

47 - Praia.

48 - A conchinha é entregue à Cátia.

49 - A água é a melhor companheira hoje.

50 - Troni continua agarrado ao "Livro de Engate". Já passam 24h desde o primeiro contacto.

51 - Convivio ainda melhor que no dia anterior.

52 - Rochas.

53 - Zuca não sabe cantar " Olha a onda, olha a onda" e paga por isso.

54 - Lisbon tenta ajudar preocupado. Afonso diz calmamente " Puto, volta para trás que tão ondas grandes."

55 - Cortes, arranhões, sangue.

56 - A água continua a ser a melhor amiga.

57 - Os cigarros vão-se fumando com cada mergulho.

58 - Diogo tenta assassinar Zé.

59 - Troni vai à água. Momento de espanto presente nas caras dos amigos e até mesmo alguns transeuntes.

60 - Hora de começar a pensar em volta à realidade aborrecida.

61 - Último convivio no Marquês.

62 - Abraços e Beijinhos.

63 - 1h na fila para sair de Porto Covo. Vontade de nem sair é grande.

64 - Conversas de vidas e relações são tema essencial.

65 - Lisboa.

66 - Parte-se o espelho de um carro.

67 - Casa

68 - Banho de água fria.

69 - Mentalidade de trabalhador volta.

70 - Até amanhã.

27 de julho de 2007

Manel, este é para ti

http://www.auslandsjahr.eu/2007/07/10/top-10-drummers/

Meu amigo Tinoco, ambos tocamos bateria.
Aprecia estes gajos especialmente o primeiro. Até assusta.
No dia em que eu tocar assim, faço um seguro ao meu corpo.

26 de julho de 2007

Seguimento

Got a cold cold heart. I do.

É a premissa que me está associada.

I don't have that stuff you need.

Nem vou conseguir dar-te.

But I can get down on my knees.

Só para te ter.

I'll easy your pain, your appetite.

Só sirvo para isso.

For today it's ok, it's alright.

Amanhã será um novo dia.

It's alright as long as I don't have to stay.

Sei onde é a saída.

My cold heart can't take it any other way.

Dás-me a direcção?

Assobia para mim

25 de julho de 2007

Transformers

Para quê procurar um cubo e destruir a vida na Terra, quando esta mulher cá habita?




24 de julho de 2007

Rir até morrer.

Estes são os melhores vídeos de sempre do youtube!
Vejam até ao fim!













Guy pranks hotel with Indian accent

Add to My Profile | More Videos

19 de julho de 2007

Hoje era para ter sido, mas não fui...

Previsível.

Pensamento


Zangado

Bem-vindo ao passado

Tenho noção do mal que fiz e do meu

pecado

Quero dizer a quem não disse que estou

arrependido


Tudo passou e hoje sei que não estou

queimado

Amor eterno por quem tenho ficou

fundido

Bem-vindo

18 de julho de 2007

O estado das coisas

Hoje penso assim.


Faço anos este sábado

É



de fazer anos.
Não tenho muita vontade de celebrar.
Porque

É tempo de mudança, o tempo mata a esperança,
Pessoas morrem mas o tempo avança, qual a
importância,
E o dar valor a infância, se tempo é paka, paka é
ganância,
Ganância é um defeito ligado a nossa ânsia pelo
tempo,
Ás vezes é lento, às vezes é veloz,
O tempo leva os meus avós, mesmo que eu peça só mais
um coche,
Tempo, só peço mais um momento,
Mesmo que eu te ignore, só contigo é que eu me
oriento,
Já não aguento, estou farto do algarismo crescente,
Desde quando também contas para o meio ambiente?
Se tá frio e me ouves, então é tempo que esgotas,
Porque o mau tempo faz com que o tempo acabe para
cotas,
Momentos idiotas relembrando idades,
Mas o tempo sempre fez com que se mudassem vontades,
Celebridades não duram apenas 15 minutos,
Putos como eu esperam que o tempo dê frutos,
Desde que me lembro que eu fujo e tu encontras-me
sempre,
Até para rimar neste som tenho que estar dentro do
tempo,
Quando és mau és pontual apareces ao acaso,
Sofres de intolerância não há atraso no nosso prazo,
Marcas o meu compasso na vida, e eu passo por ti,
Como um abraço suicida à saúde que eu perdi,
Eternidade não é algo que eu prometa,
Mas eu sinto que ainda tenho areia na ampulheta,
Lentamente tiras e dás evolução,
O teu nome em inglês aqui é keys em calão,
E a duração tá em cada exploração pessoal,
Até que o coração decidir e dê a batida final,

Musica é cantar mas é respeitar tempos,
Tempos, Tempos a baterem certos(3x)

Já faz tempo que eu estou afastado mas voltei a
tempo,
Dei um tempo porque precisava de pensar no tempo,
Só voltei para dar esta rima avulso,
Porque o tempo é pouco e nos agarra pelo pulso,
Não acreditas olha só, no braço esquerdo é o clock
ouve o toc,
Tic toc, mais um segundo que passou,
O tempo não espera como ja disse o Rasko,
Carrego este fardo pesado que é o passado,
O presente e o futuro para mim também é passado,
A máquina do tempo só procura o passado,
Podes alterar o futuro mas nunca mudar o passado,
O tempo não para mesmo para quem manda pausa,
Mudam-se os tempos e as vontades mas não muda a
causa,
O tempo apura o faro agora só tenho náusea,
Os homens da manhã ainda guardam mágoa,
Trabalho para ter tempo para fazer o quero,
Mas o tempo e o trabalho não dá nem para fazer um
battle contigo,
O tempo é pouco, por isso eu faço o que é preciso,
Só o tempo é que cizo a.k.a. juízo,
Só tu apagas as memórias de fome de uma grande crise,
E transformas essas nódoas num tom com mais sorriso,
E o povo fica indeciso, e o novo mundo é preciso,
Com o tempo,

Enquanto dou um,
Abro a janela do meu berço e deixo a dor do mundo
entrar,
Ofereço-lhe um cigarro do alto do meu quarto andar,
Lá em baixo há quem não tenha o que vestir nem o que
comer,
E eu fodido da vida porque a minha equipa acaba de
perder,
Será que os julgamentos ainda ligam alguma coisa ao
futebol?
Devem de estar mais preocupados com a hora a que nasce
o sol,
É espantoso ver como as prioridades mudam de repente,
Enquanto o Diabo esfrega um olho e vai sorrindo bem
contente,
Eu realizo que o Camie não tem nada a mais que o
Samuel,
Deixo as rimas fluírem da minha cabeça directamente
para o papel,
O Diabo pisca um olho, acena-me com um açaime,
Vai a cima vem abaixo, como um nigga num andaime,
À procura da frase perfeita num papel sujo de
verdades,
Escrevo torto em linhas direitas vandalizo
banalidades,
Deito fora o meu raciocínio, para não entrar no
declínio,
De parar so para dar mais um...

Se fosse uma música romântica, qual seria

Você é Against All Odds? de Phil Collins
você tem uma grande dificuldade em deixar o passado ficar no passado. As relações deixam-lhe marcas para a vida e um coração partido é mal que lhe demora a sarar.

So take a look at me now, oh there's just an empty space
And there's nothing left here to remind me,
Just the memory of your face
Ooh take a look at me now, well there's just an empty space
And you coming back to me is against all odds and that's what i've got to face

Se fosse uma música de José Cid, qual seria?



Você é A Cabana:
você é o típico melancólico, que gosta de pensar e repensar na vida. Romântico, adora cenários intimistas e pela-se pela doce amargura de um coração partido.

"Tu ficas louquinha quando tiro a casca à banana
Na cabana
Junto à praia
Entre as dunas e os canaviais
Só o vento
E o mar
E as gaivotas"

Se fosse uma música dos anos 80, qual seria?



SE FOSSE UM ONE HIT WONDER DOS ANOS 80, QUAL SERIA?

Você é “You Spin Me Round (Like A Record)” dos Dead Or Alive (1984):
ocê é uma pessoa exuberante e que não se preocupa demasiado com o que os outros pensam de si. O caminho da normalidade raramente é aquele que você escolhe trilhar. Gosta de se divertir e não se importa nada de ser o foco de todas as atenções.

O " que é " e o " que não deve ser "

O Miguel Esteves Cardoso é claramente um cronista que me entende.


Elogio do Amor

"Há coisas que não são para se perceberem.
Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível.
Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos.Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor.
É essa beleza.
É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino.
O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessýria. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.Não é para perceber.
É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.A vida é uma coisa, o amor é outra.A vida dura a Vida inteira, o amor não.Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

Miguel Esteves Cardoso

17 de julho de 2007

Bebo um vinho e penso

Não sei o que escrever.
Sinceramente nem tou com muita vontade. Vim aqui parar porque andei a ver os blogs dos meus amigos e calhei em carregar no meu sem notar.
Hoje um amigo meu disse-me que havia um vírus no ar e que se espalha como fogo junto de gasolina. É das frases que mais sentido faz neste exacto momento. Farto-me de dizer que quando chega a altura de férias de verão a maior parte das pessoas muda a sua maneira de pensar e agir. Se é para pior ou melhor isso não sei, depende de cada um. A questão é que a maior parte das vezes esquecemo-nos "de limpar os nossos quintais", ou seja, nós também mudamos.
Eu mudei. Estupidamente mas sim. Admito-o. Deixei-me empolgar por sentimentos que estavam adormecidos e confiantemente acreditei que era capaz de ser Deus na Terra. Que com um pouco de trabalho a coisa ia ao sítio. Só que me esqueci de uma coisa muito importante, a paciência.
Quis ter tudo de uma única vez sem perder tempo e sem pensar. Não quero dizer que no final ia ter o que queria. Provavelmente não, mas apesar de tudo fazia-me mais sentido ter gerido as coisas de uma outra maneira que não esta. Se com erros fatais tive esse paciência, então porque não consegui ter agora? Agora eu sei que não era um erro!
Será porque sinto falta de ter alguém? Alguém que eu sinta que é o meu ombro direito e esquerdo?Será que tenho saudades de me dedicar a alguém para ver o que tenho em troca? Ou será ainda porque, podia ser tudo isto associado ao facto de ser a única pessoa de quem sempre tive um feeling natural de que era a pessoa perfeita para um trambolho como eu? Eu admito, não sou um gajo perfeito. Nunca fui e nunca serei. Sou apelidado de playboy porque tive muitas namoradas e amigas coloridas. Epa assumo tudo isso. Faz parte do meu passado e se calhar até fará do futuro.
Só que sinto que esse caminho que fiz até ao dia, hora, minuto de hoje me mantem preso. Sou prisioneiro de uma yellow brick road que fui construindo ao longo deste tempo e que agora não consigo sair dela. Por mais que faça, volto sempre para esta estrada que vai dar à falésia. Como é que saio daqui? É uma bela questão. Só tenho pena de não ter a merda da resposta.
Apesar de tudo, de me sentir mais em baixo, mantenho alguma confiança. Confiança de que se não tenho o poder de mudar isto e de sair da cova que fiz, alguém me há de tirar. O destino vai encarregar-se. Não acredito que fiz tanta merda na minha vida para ficar neste buraco eternamente. Sei que o karma é lixado. Mas foda-se, quem se lixou mais fui eu. Os erros que cometi já os paguei. Alguns com juros até.
Portanto a única coisa que posso fazer é esperar. Vou mantendo a minha confiança em níveis aceitáveis porque ainda não me sinto preparado para pôr de parte certos sentimentos. Ainda acredito que...sei la... que sim ou que sopas. O Martin Luther King disse "I have a dream" e tornou-o realidade para milhares de pessoas. Eu só preciso de uma.

16 de julho de 2007

Junto-me a vós, meus amigos

Para o Trio do Barça, Roma e Liverpool:

when you're dreaming with a broken heart
the waking up is the hardest part
you roll outta bed and down on your knees
and for the moment you can hardly breathe
wondering was she really here?
is she standing in my room?
no she's not, 'cause she's gone, gone, gone, gone, gone....
when you're dreaming with a broken heart
the giving up is the hardest part
she takes you in with your crying eyes
then all at once you have to say goodbye
wondering could you stay my love?
will you wake up by my side?
no she can't, 'cause she's gone, gone, gone, gone,
gone....
oooooooooohhhhhhhhh
now do i have to fall asleep with roses in my hand?
do i have to fall asleep with roses in my hand?
do i have to fall asleep with roses in my hand?
do i have to fall asleep with roses in my hand?
baby won't you get them if i did?
no you won't, 'cause you're gone, gone, gone, gone, gone....

when you're dreaming with a broken heart
the waking up is the hardest part.

14 de julho de 2007

Relações

Este tema tem surgido em bastantes conversas.
Como é óbvio, não há opiniões certas ou erradas, ou concenso no modo como a relação deve ser levada pelas pessoas.
É tudo muito subjectivo. Depende das situações, dos feitios, da maneira de ser, do dia em questão, do nosso há-vontade com a pessoa. Basicamente são uma série infindável de possibilidades e variáveis que afectam uma relação. A maior parte das vezes não temos controle sobre elas. Podemos tentar perceber e averiguar se existe maneira de contornar a barreira, mas no final, há sempre uma coisa que não podemos ter a certeza: Não depende tudo de nós. Há sempre um outro alguém que também tem voto na matéria.
Talvez seja aí que reside o maior problema e o maior prazer de uma relação. Estarmos dependentes de alguém emocionalmente e ao mesmo tempo não sabermos o que o dia seguinte nos espera.
Não me venham dizer que quando amamos alguém sabemos bla bla bla, é tudo treta! Não podemos levar TUDO como garantido. E não é so da parte da outra pessoa! Quem é que nos diz que amanhã conhecemos alguém novo e ficamos apaixonados? Pode acontecer.
A verdade é crua e dolorosa.
Uma relação é uma faca de dois gumes.
Termos alguém ao nosso lado que nos dá carinho, amor, compreensão, ciumes, divertimento, zangas.
E termos uma dependência de algo que um dia pode acabar. Assim. Do nada.

Com isto tudo, eu não digo que não devemos estar numa relação. Nada disso.
Apenas vejo que nem tudo está na nossa mão.
Só temos Amor para dar.
O resto está fora do nosso alcance.
O que temos de fazer é tornar esse Amor uma variável certa. Que estará sempre lá, venha o que vier.

Se mesmo assim não funcionar, então era porque não tinha de funcionar.
A vida é assim mesmo.
Dá muitas voltas em pequenos espaços de tempo.

São relações.
São relações que todos procuramos.

2 de julho de 2007

Vagueando

Vagueio sem destino,
Fujo pelas esquinas, das caras nuas
Não tenho direcção,
Vou andando por aí, pelas ruas vazias.

Encontra-me aqui hoje
Chama o meu noite ao vento
Não me vais ver chegar
No calor do momento.

Continuo a caminhar
Sem sorte ou azar, serei audaz?
Explica-me o destino
Sei que sou esperto, que serei capaz.
Quero quebrar a maldição,
Voltar a sonhar, voltar ao meu jazz.

Encontra-me aqui hoje
Chama o meu noite ao vento
Não me vais ver chegar
No calor do momento.

Sou um santo dos céus
Tenho as asas quebradas
Diz que me levas para casa
Que me escondes da cidade.
Não quero ficar aqui assim,
Num corpo queimado
Com alma de apaixonado.

Observação

Hoje fui cortar o cabelo.
Já vou ao mesmo sítio a algum tempo, à volta de 6 meses.
A pessoa que me corta o cabelo é gay ( como a maior parte dos cabeleireiros, é verdade. ) Não tenho nenhum preconceito com isso, antes que comecem a barafustar e a dizer que sou racista e etc.
O que quero dizer pode até levar mentes mais estúpidas a achar que estou a virar o barco para outro lado, mas acreditem, pipi será para sempre.

Antes de cortar o cabelo, temos uma pré lavagem e uma massagem a dobrar. Primeiro, é daquelas cadeiras que fazem massagens nas costas ( um bem haja a quem inventou estas pérolas que fazem tão bem ). Segundo, ele faz uma massagem no couro cabeludo.

Meus senhores e minhas senhoras:

É do camandro.

Um gajo sai de lá completamente relaxado, com um sentimento de sossego fenomenal. Digam o que disserem, não me incomoda nada dizer que um gay já me fez uma massagem. Para aqueles que se acham machões, eu desafio a irem lá um dia e experimentarem.

Ao meu melhor amigo e a uma das minhas melhores amigas

Procurem um novo caminho.


When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep

Stuck in reverse
And the tears come streaming down your face

When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

When high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...

Tears stream down your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you