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18 de julho de 2007

Faço anos este sábado

É



de fazer anos.
Não tenho muita vontade de celebrar.
Porque

É tempo de mudança, o tempo mata a esperança,
Pessoas morrem mas o tempo avança, qual a
importância,
E o dar valor a infância, se tempo é paka, paka é
ganância,
Ganância é um defeito ligado a nossa ânsia pelo
tempo,
Ás vezes é lento, às vezes é veloz,
O tempo leva os meus avós, mesmo que eu peça só mais
um coche,
Tempo, só peço mais um momento,
Mesmo que eu te ignore, só contigo é que eu me
oriento,
Já não aguento, estou farto do algarismo crescente,
Desde quando também contas para o meio ambiente?
Se tá frio e me ouves, então é tempo que esgotas,
Porque o mau tempo faz com que o tempo acabe para
cotas,
Momentos idiotas relembrando idades,
Mas o tempo sempre fez com que se mudassem vontades,
Celebridades não duram apenas 15 minutos,
Putos como eu esperam que o tempo dê frutos,
Desde que me lembro que eu fujo e tu encontras-me
sempre,
Até para rimar neste som tenho que estar dentro do
tempo,
Quando és mau és pontual apareces ao acaso,
Sofres de intolerância não há atraso no nosso prazo,
Marcas o meu compasso na vida, e eu passo por ti,
Como um abraço suicida à saúde que eu perdi,
Eternidade não é algo que eu prometa,
Mas eu sinto que ainda tenho areia na ampulheta,
Lentamente tiras e dás evolução,
O teu nome em inglês aqui é keys em calão,
E a duração tá em cada exploração pessoal,
Até que o coração decidir e dê a batida final,

Musica é cantar mas é respeitar tempos,
Tempos, Tempos a baterem certos(3x)

Já faz tempo que eu estou afastado mas voltei a
tempo,
Dei um tempo porque precisava de pensar no tempo,
Só voltei para dar esta rima avulso,
Porque o tempo é pouco e nos agarra pelo pulso,
Não acreditas olha só, no braço esquerdo é o clock
ouve o toc,
Tic toc, mais um segundo que passou,
O tempo não espera como ja disse o Rasko,
Carrego este fardo pesado que é o passado,
O presente e o futuro para mim também é passado,
A máquina do tempo só procura o passado,
Podes alterar o futuro mas nunca mudar o passado,
O tempo não para mesmo para quem manda pausa,
Mudam-se os tempos e as vontades mas não muda a
causa,
O tempo apura o faro agora só tenho náusea,
Os homens da manhã ainda guardam mágoa,
Trabalho para ter tempo para fazer o quero,
Mas o tempo e o trabalho não dá nem para fazer um
battle contigo,
O tempo é pouco, por isso eu faço o que é preciso,
Só o tempo é que cizo a.k.a. juízo,
Só tu apagas as memórias de fome de uma grande crise,
E transformas essas nódoas num tom com mais sorriso,
E o povo fica indeciso, e o novo mundo é preciso,
Com o tempo,

Enquanto dou um,
Abro a janela do meu berço e deixo a dor do mundo
entrar,
Ofereço-lhe um cigarro do alto do meu quarto andar,
Lá em baixo há quem não tenha o que vestir nem o que
comer,
E eu fodido da vida porque a minha equipa acaba de
perder,
Será que os julgamentos ainda ligam alguma coisa ao
futebol?
Devem de estar mais preocupados com a hora a que nasce
o sol,
É espantoso ver como as prioridades mudam de repente,
Enquanto o Diabo esfrega um olho e vai sorrindo bem
contente,
Eu realizo que o Camie não tem nada a mais que o
Samuel,
Deixo as rimas fluírem da minha cabeça directamente
para o papel,
O Diabo pisca um olho, acena-me com um açaime,
Vai a cima vem abaixo, como um nigga num andaime,
À procura da frase perfeita num papel sujo de
verdades,
Escrevo torto em linhas direitas vandalizo
banalidades,
Deito fora o meu raciocínio, para não entrar no
declínio,
De parar so para dar mais um...

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