Pages

17 de julho de 2007

Bebo um vinho e penso

Não sei o que escrever.
Sinceramente nem tou com muita vontade. Vim aqui parar porque andei a ver os blogs dos meus amigos e calhei em carregar no meu sem notar.
Hoje um amigo meu disse-me que havia um vírus no ar e que se espalha como fogo junto de gasolina. É das frases que mais sentido faz neste exacto momento. Farto-me de dizer que quando chega a altura de férias de verão a maior parte das pessoas muda a sua maneira de pensar e agir. Se é para pior ou melhor isso não sei, depende de cada um. A questão é que a maior parte das vezes esquecemo-nos "de limpar os nossos quintais", ou seja, nós também mudamos.
Eu mudei. Estupidamente mas sim. Admito-o. Deixei-me empolgar por sentimentos que estavam adormecidos e confiantemente acreditei que era capaz de ser Deus na Terra. Que com um pouco de trabalho a coisa ia ao sítio. Só que me esqueci de uma coisa muito importante, a paciência.
Quis ter tudo de uma única vez sem perder tempo e sem pensar. Não quero dizer que no final ia ter o que queria. Provavelmente não, mas apesar de tudo fazia-me mais sentido ter gerido as coisas de uma outra maneira que não esta. Se com erros fatais tive esse paciência, então porque não consegui ter agora? Agora eu sei que não era um erro!
Será porque sinto falta de ter alguém? Alguém que eu sinta que é o meu ombro direito e esquerdo?Será que tenho saudades de me dedicar a alguém para ver o que tenho em troca? Ou será ainda porque, podia ser tudo isto associado ao facto de ser a única pessoa de quem sempre tive um feeling natural de que era a pessoa perfeita para um trambolho como eu? Eu admito, não sou um gajo perfeito. Nunca fui e nunca serei. Sou apelidado de playboy porque tive muitas namoradas e amigas coloridas. Epa assumo tudo isso. Faz parte do meu passado e se calhar até fará do futuro.
Só que sinto que esse caminho que fiz até ao dia, hora, minuto de hoje me mantem preso. Sou prisioneiro de uma yellow brick road que fui construindo ao longo deste tempo e que agora não consigo sair dela. Por mais que faça, volto sempre para esta estrada que vai dar à falésia. Como é que saio daqui? É uma bela questão. Só tenho pena de não ter a merda da resposta.
Apesar de tudo, de me sentir mais em baixo, mantenho alguma confiança. Confiança de que se não tenho o poder de mudar isto e de sair da cova que fiz, alguém me há de tirar. O destino vai encarregar-se. Não acredito que fiz tanta merda na minha vida para ficar neste buraco eternamente. Sei que o karma é lixado. Mas foda-se, quem se lixou mais fui eu. Os erros que cometi já os paguei. Alguns com juros até.
Portanto a única coisa que posso fazer é esperar. Vou mantendo a minha confiança em níveis aceitáveis porque ainda não me sinto preparado para pôr de parte certos sentimentos. Ainda acredito que...sei la... que sim ou que sopas. O Martin Luther King disse "I have a dream" e tornou-o realidade para milhares de pessoas. Eu só preciso de uma.

1 Ah e tal...:

diariodebordo disse...

Todos cometemos erros e fazemos más escolhas. Acho que a coisa mais fácil de fazer é errar.

Mas não esperes que alguém te tire do estado em que estás só porque sim. Essa pessoa que virá só o pode fazer se tu deixares e se tu quiseres. Parte tudo de ti.

Espero que melhores dias cheguem.

P.S. O facto de teres tido mtas namoradas e amigas coloridas não define quem és.