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12 de julho de 2009

Alive! - Day 2

Este foi o dia mais cansativo do festival. Era fazer piscinas de um lado para o outro de modo a conseguir ver tudo o queria, o que implicava estar lá cedo porque não se podia faltar a The Gaslight Anthem. Este foi logo o primero concerto do palco SB. Talvez a escolha devesse ter sido outra porque estes gajos bem que mereciam ter tido mais gente a ver apesar de ter estado composto. Com uma voz semelhante a Brandon Flower dos Killers, um estilo punk old school e letras dignas de Springsteen, deram um concerto digno de palco principal, especialmente pela capacidade sonora que estes senhores trazem na bagagem. Conseguem ir buscar o punk rock de volta às origens mas sem grandes elaborações, comum som sujo mas aguerrido. Numa palavra: imperdível.

Depois, ainda deu para apanhar um pouco dos Pontos Negros ( que descobri que têm o nome por oposição aos Riscas Brancas = White Stripes ). Estava curioso para ver como é que os pequenos se portavam num palco tão grande, tendo em conta que ainda estão verdinhos nas andanças de palcos principais de um festival de renome. Pelo que consegui ouvir, estavam em alta, concentrados e oleados, tendo conseguido atrair muita gente tão cedo para o palco principal. Cómico como uma banda de 4 elementos estava tão próxima uns dos outros num palco gigante. Era apenas uns amplificadores e eles. Sem rodeios, apenas boa música.

Por volta das 19:15h, fui convencido a ir ver Late Of The Pier. Confesso que não estava nada entusiasmado, já que o som não me convence. Em cd parece uma amálgama de coisas que nem fazem muito nexo. Passados 10min do ínicio do concerto, posso dizer que estava completamente enganado. Concerto filho de p*ta. Como é que 4 putos que mal me chegam ao ombro conseguem dar um dos melhores concerto do dia, e arrisco-me a dizer, do festival? Entre sons misturados por sintetizadores, uma bateria, umas guitarras, levaram toda a tenda ao rubro, numa altura em que se antevia um dia cheio de dança. Para uma banda relativamente pouco conhecida em Portugal e com apenas um cd no bolso, foram eles que começaram o dia dedicado ao indie electro rock, e porra, começaram com o pé direito! Acho que à muito tempo que não era surpreendido assim.

Depois da desbunda, a dúvida era ficar a ver Hadouken ou ir dar um pulo a The Kooks. Optou-se pela segunda alternativa. Não estava com muita atenção, é verdade, mas o que ouvi, gostei. A voz irrita-me um pouco devido aos desafinanços do costume... Mas mesmo assim, posso dizer que eles tocam muito bem, com aquele ar de rockeiros britânicos e som esfarrapado ao estilo dos Razorlights.

Agora é que estávamos a chegar à hora crítica de corrida de um lado para o outro.

Deu para pular um pouco com Blasted Mechanism enquanto fazia tempo para ir Does It Offend You, Yeah?, a banda que mais queria ver em todos os artistas do palco SB. Para quem não os conhece, aconselho vivamente a descobrir estes 4 senhores e a linda senhora que toca baixo (no pun intended) que vivem no meio do especto musical dos Daft Punk, Prodigy e qualquer coisa de rock da pesada. Eu que pensava que Portugal não era tão dedicado a este estilo de som, deu por mim outra vez enganado. Tenda praticamente cheia, a abarrotar. E acima de tudo, não desiludiu. Um concerto brutal, sempre a abrir, como se fosse um warm up para Prodigy (não é de estranhar que o vocalista tenha sido o co-produtor do novo álbum dos senhores). Deu para pular, abanar a cabeça como se estivessemos no Lux às 5h da matina e pusessem a tocar o Kids dos MGMT mas versão rockeira. Eles têm o estilo e o som. Dou-lhes mais um àlbum e toda a gente vai falar deles, aqui especialmente. Só tenho pena que não tenhamos mais abertura para trazer cá estas bandas, a não ser em festivais. Talvez ainda os apanhe no Lux um dia.
Fica para a história o pseudo crowd surfing que o guitarrista quis fazer mas não lhe correu tão bem como esperava e deu por si a marrar contra o gradeamento. Priceless ending.

O palco secundário, agora só no dia seguinte, apesar de ter tido pena de não ter visto Ting Tings mas nessa altura estava a curtir Vodoo ahaha. Mas já lá vamos.

Primeiro, tivemos a oportunidade de ver Placebo, agora com um novo baterista, uma violinista e mais um guitarrista. Brian Molko e companhia deram um concerto muito bom, que acredito que tenha servido como compensação pela merda que foi a actuação no Creamfields. Com um estilo muito clean, lá foram buscar à cartola as músicas representativas do que são os Placebo. Soulmates Never Die, Special K, Meds, Bitter End, são todas músicas que já ouvimos várias vezes mas não me importo de ouvir novamente de vez em quando, especialmente quando estã outra vez com a pica toda depois do desalento que foi perder o baterista fundador da banda. Os Placebo estão de volta e como sempre, têm uma legião de fãs que nunca ficam desiludidos.

And last but not least, Prodigy. O grande concerto da noite. Valeu ou não a pena? Raios me partam se tivesse que dizer que não. Foi um concerto tremendo! Com a carreira perdida à uns anos atrás, voltaram à ribalta com o novo cd "Invaders Must Die" e mostraram que ainda estão por cá a dar cartas no mundo electrónico. No meio de tanta gente, é íncrivel como ainda se põe tanta gente aos pulos ao som de músicas que têm pelo menos dez anos como "Breath". Mistura-se isso com um cocktail de novos sons como "Omen", e o resultado final é milhares de pessoas aos pulos como se tivessem hipnotizadas. Este foi o melhor concerto do palco principal, deste e do dia anterior. Esqueçam Metallica. Se queriam um concerto agressivo e intenso, então era aqui que deviam ter estado porque isto foi de arromba.

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