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9 de agosto de 2009

Fuck This Shit.

Estive a ler e a ver reportagens sobre o Sudoeste e tenho a dizer: ainda bem que não fui.

Apesar de ter passe para todos os dias, optei por não ir pela primeira vez em 6 anos à Zambujeira do Mar. Esta opção baseou-se em grande parte num cartaz muito fraco, cada vez mais fracos nos últimos anos, e a contínua não aposta no palco secundário onde costumam tocar as bandas mais indie, mais pequenas que normalmente dão os melhores concertos. Foi onde vi Cut Copy, Seu Jorge, Vicious Five, Final Fantasy, José Gonzalez e por aí além.

Como sempre o Sudoeste é feito mais de convívio do que de concertos e parece-me que a produtora tem dado mais importância a isso do que propriamente à música, o que acho um erro, como se pode constatar pelo Alive ou pelo saudoso Marés Vivas.

Este ano, ocorreu o que se esperava já à muito tempo. The Legendary Tiger Man, aka Paulo Furtado, estava escalado para tocar ontem. Como disse, estava. E estava porque o senhor decidiu mandar toda a gente da produtora à merda e abandonar o palco devido ao barulho que vinha do palco Positive Vibes misturado com problemas técnicos.

É uma atitude mais que considerável. Durante anos, a produtora decidiu colocar lado a lado dois palcos que a nível músical nada têm a haver, dando mais destaque ao de reaggae que tem sempre um som altíssimo. Para um músico, ainda por cima português, tocar sem conseguir ter o mínimo de condições para realizar o seu espectáculo, é tocar sem terem tido o respeito devido pela sua actuação. Portanto, é de valor o que Paulo Furtado fez. Deu uma chapada à Música no Coração, avisando-os de que a música portuguesa é colocado sempre de lado, não tem impacto no Sudoeste e que não é vista de valor sem contar que o palco secundário poderia ser uma aposta fantástica para os festivaleiros, como é no alive. Mas a opção é dar preponderância a um palco reaggae.

Continue assim, Sr.Paulo.

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