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14 de outubro de 2008

Puta Madre em Barcilónia.

Estive em Barcilónia este fim de semana a aproveitar os dias em que não se trabalha.


Como é óbvio, fui acompanhado pela minha companheira... e de viagem ( incrível como faço trocadalhos do carilho!) para um fim de semana que se contava como calmo e de descanso.

Ou não.

Começamos pela viagem de avião. Como aqui o je tem um medo tremendo de andar de avião, as duas horas de caminho foram passadas a ler a sabádo e a pensar: " Por favor, se é para cair que seja agora porque se for na altura da aterragem é completamente estúpido " enquanto ouvia alegremente as crianças espanholas à minha frente que tentavam falar inglês ou um língua capaz de comunicar com girafas. Não cheguei a perceber completamente.

Bem, chegados ao aeroporto, é hora de ligar ao J, nuestro amigo que amavelmente partilhou a sua casa conosco e desde já, deixo um muito obrigado a esse grande autor e à Leonor pela disponibilidade e atenção que nos deram. Voltando à parte de ligar ao J, bem que tentámos mas por mistérios que o mundo não compreende, passei o número errado para papel e lá se teve que ir ao mail ver o número correcto ( isto passado uma hora de aterrarmos, portanto era 1h lá ).

Combinado tudo, vamos para casa.

Qual discoteca regaetton ambulante, qual HK em hora de ponta, o taxista que nos levou acariciou-nos com todo o tipo de música espanhola, adorada por pessoas ramiresas que vibram e rodopiam como se o flower power estivesse voltado para ficar.

Chegados ao bairro da Gracía, aguardámos uns minutos pelo J que já estava no seu habitual e muito apreciado processo de ingestão de cerveja, que nos mostrou a sua maison e onde iríamos ficar.

Depois de deixar as malas, partímos com ele, a Leonor e o Tiago, um amigo, para uma festa em casa de alguém que ficava em algum sítio. Diga-se que o ambiente que nos esperava era nada mais nada menos que uma festa de Erasmus com três dezenas de pessoas numa espaço onde cabiam cinco e onde abundava a bebida, droga e convívio instantâneo, tal como aconteceu, onde 3min de lá estarmos já tínhamos comunicado com dezenas de pessoas. Uma excelente noite para um primeiro momento em Barcilónia.

Dia seguinte, e não o programa da SIC notícias, o acordar bem cedo foi relativo e assim que as pestanas começaram a abrir seguimos para a rua enquanto que os nosso anfitriões dormiam o seu merecido repouso.
O dia foi passado a andar, onde perfizemos cerca de 10 km, passando pelo parque Huel, Sagrada Família ( que é mais do mesmo, ou seja, pagamos para ver a IC 19 em obras na esperança de que um dia esteja acabada ), Casa Bacló entre outras Casas do Gaudí, o Bairro Gótico, as Ramblas e outros locais que não estão nos mapas mas que por uma ou outra razão, lá fomos parar.

O fim de tarde foi passado com o J, a beber cervejas em tascas escondidas e em locais típicos da cidade que só com conhecimento é que se conhecem, e por volta das 8h já estávamos a ver Portugal a jogar contra a Suécia num jogo mais que aborrecido que passou num canal albanês. Só por isso a Albânia entrou no meu coração.

Entre cervejas, amigos do J, a sueca que pode estar neste momento a viver no quarto onde dormimos, é de constatar que às 22h já nos encontrávamos num estado claramento alcoolizado. Foi apaziguado por uma shoarma com falafel como outros diriam, do tamanho da lua e que se soube religiosamente bem. A noite continua com a ingestão de mais bebidas alcoólicas em associações recreativas e conversas sobre 69 de mijo ou dotes artísticos como revirar os olhos ou conseguir imitar o " Vai mas é trabalhar" do Nuno Lopes.

Para o último dia, reservámos o dia para andar de bicicleta pela cidade aproveitando para descansar as pernas depois da maratona que tinha sido o dia anterior. A verdade é que perfizemos quase o mesmo caminho, mas desta vez no tempo recorde de 3h em vez de 8h. E sim, passámos pela Casa Bacló pelo menos 7 vezes. Conseguimos ainda ter tempo para as compras tenho adquirido uns belos óculos Rayban vermelhos que ansiáva há algum tempo



bem como umas pérolas para os pés da Puma que me fazem as delícias do momento.



No fim de dia, arrumámos a mala, despedimo-nos dos nossos fantásticos anfitriões e partímos para o aeroporto com o intuito de voar á primeira para Lisboa. Porque digo eu " à primeira" ? Porque, já dentro do avião, a caminho da pista, o dito cujo decide avariar causando o pânico na minha pessoa pensando já em múltiplas soluções para regressar desde o comboio até a pé.

Para quem não gosta de voar e depois da queda de avião em Espanha, quem é que não pensa assim?
Lá nos mudaram para outro avião e partimos para Lisboa com o coração nas mãos.

Chegados em segurança, pude injurar a Vueling que nem um lorde feudal.

Apesar de ser apenas um fim de semana, é bastante bom ir passar o fim de semana a uma cidade incrívelmente bonita, com um espírito jovem e boa onda que não se encontra em Portugal. É barato, vale a pena e acima de tudo, estamos com amigos que não vemos todos os dias.

A próxima será Berlin.

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