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31 de maio de 2008

Curiosity.

Vi numa série de Tv que o toda a gente tem um nome porno.
Basta juntar o primeiro nome do animal de estimação com o último nome da rua da nossa primeira casa.

O meu é Boogie Zarco.

Nada mau.

29 de maio de 2008

I'm Lovin It.


Parraaa Paraaa Papaaaa...Parraaa Paraaa Papaaaa!


...


Qui foi?

Tou apenas acompanhando o cara Scolari, o Roberto e o Axel ( nome veado pa caralho!Olha só a foto pô!).

Não há melhor português qui o Roberto. Canta o hino... Xiiii... É com auma portuguesa memo...

Força a Portugau caralho! Viva Portugau!


Como eu gosto de ser Português pô...

28 de maio de 2008

Fuck.


Eu entrava em modo "Doido Desvairado Break Stuff Foda-se "

See you tomorrow, my friend!




One of my best friends is going to London.


I'll miss him.


The talks, the nights at he's crib, the booze and most of all, his presence.

27 de maio de 2008

Welcome home.


Manuel Cruz. De volta. 1 Junho.
O tão esperado projecto a solo. Disco Duplo. 80 músicas. Desenhos do Manuel.

26 de maio de 2008

Too good to be true.

Só mesmo no FM 2008, o Benfica pode ser campeão 3 vezes consecutivas na Liga Portuguesa, 2 vezes campeão Europeu, ter ganho 3 taças da Liga e 2 Taças de Portugal.

Ainda assim o que mais me surpreende é que o melhor jogador da minha equipe seja...

FACTO: A ficção ultrapassa a realidade.

Devil in me.

Por lapso, esqueci-me de colocar esta informação aqui.

Na passada Sexta Feira, desloquei-me para casa de táxi. O condutor estava a ouvir Queens of The Stone Age - No One Knows. Quando a música acabou, seguiu-se The Klaxons.
Condutores destes não se encontram em todo o lado.
Foi o que chamo um viagem bem simpática.
Para quem quiser experienciar tal situação, era o carro 371.

I see red people.



Ou melhor, está lá um robotzinho. Daqui a uns anos ( provavelmente muuuuuuuuuuitos ) já posso dizer:

" Onde vais este fim de semana?"

" Vou dar um pulo a Marte, apanhar um pouco de sol. Só espero não apanhar trânsito."

25 de maio de 2008

State of the Day


22 de maio de 2008

Uma outra sala.

Este é o segundo projecto em mãos:

http://pedrada-no-charco.podomatic.com/

Quem gostar de lançar pedras, por favor, esteja à vontade.
Cristo não se importou.

21 de maio de 2008

Uma nova sala

Este é o novo e primeiro projecto de Podcast em mãos. Mais virão.

http://sonoridades.podomatic.com/

Espera-se opiniões, críticas, sugestões.

20 de maio de 2008

In Repeat



Once I found the man who told me not to run


You can't hurry what is meant to come, uh oh ho


Days passed and I stay lookin' for what I've done


Yeah baby, it's time to run, uh oh ho


Yeah baby, it's time to


Don't leave my side


Don't even try'


Cause baby I


Can take it


Don't choose to hide


Or show your pride'


Cause baby I


Can break it


If you lost your heart


There's a missing part


To love and care


So don't, don't, don't, don't say that I'm yours


Once I found a boy and he wanted to be free


He doesn't know, but he's stucked on near


Days passed and he's stayed lookin, for what he has done


Yeah baby, it's time to


Don't leave my side


Don't even try'


Cause baby I


Can take it


Don't choose to hide


Or show your pride'


Cause baby I


Can break it


If you lost your heart


There's a missing part


To love and care


So don't, don't, don't, don't say that I'm yours


I'm your ghost wherever you go,


I'm with you


You're the most, oh


You can't give up


I'm with you


So calm, so prude


You'll fight my due


Don't leave my side


Don't even try'


Cause baby I


Can take it


Don't choose to hide


Or show your pride'


Cause baby I


Can break it


Don't say you're strong


Or get me wrong'


Cause baby, I


Can make it


Don't change your mind


You're gonna find your way back home


Booze.


Quem comprou o bilhete do Rock in Rio para o dia 30, devia fazer um seguro para o mesmo porque algo me diz que a Amy vai tomar um cocktail de speed, coca, alcool e mais que tenha à mão e chega a altura de cantar e vai fazer beicinho.

Ou então morre em palco.

E sim, isso é muito provável que aconteça.


19 de maio de 2008

Boas notícias.

Num estudo revelado recentemente, verificou-se que os casos de violência doméstica acontecem mais vezes ao fim de semana.

Porquê?

Porque passamos a tarde de Sábado nas compras e no Domingo o Benfica perde.

Maior pifanço que isto é veramente impossível.

Mr. Cocaine And Miss. Heroine at their best.
Com ratos pelo meio.

17 de maio de 2008

Let's look at the time.


A nova moda é usar vários relógios no pulso.

Provavelmente nasceu na Quinta da Marinha.

Ser árbitro de raguebi, pólo e criquet é complicado e exige a utilização de vários relógios.

Isto sem esquecer os convívios para se ver os jogos do Sporting.

O seu impulsionador?


What?

Ela : " Pareciam Quaresmas mas com bom aspecto. "


Reacção dele:




Quem eu? Sou contra.

Assinem.
Se querem continuar a escrever em português.

16 de maio de 2008

Nebulosa.

" Pareciam o Quaresma com mau aspecto. "

Dá vontade de dizer : " You're beautiful... You're beautiful... It's not true. "

15 de maio de 2008

Rocket Man

Afinal ele existe. Nice. Algo com que sonhava quando era míudo, é finalmente verdade. Só faltam os carros do Regresso ao Futuro.

Perhaps.

C : " No Bairro não gastas mais de 10€. Eu já fui sair até às 5h só com 1€ no bolso."

F : " Acredito que sim. Tens mamas e vagina."

Mindblow.



Just as you take my hand
Just as you write my number down
Just as the drinks arrive
Just as they play your favourite song
As the magic disappears
No longer wound up like a spring
Before you've had too much
Come back and focus again
The walls abandon shape
You've got a cheshire cat grin
All blurring into one
This place is on a mission
Before the night owl
Before the animal noises
Closed circuit cameras
Before you're comatose
Before you run away from me
Before you're lost between the noise
The beat goes round and round
The beat goes round and roundI never really got there
I just pretended that I had
What's the point of instruments
Words are a sawed off shotgun
Come on and let it out
Come on and let it out
Come on and let it out
Come on and let it out
Before you run away from me
Before you start unravelling
Before you take my mic
Just as you dance, dance, dance
Jigsaws falling into place
There is nothing to explain
Regard each other as you pass
She looks back, you look back
Not just once
Not just twice
Wish away the nightmare
Wish away the nightmare
You've got a light you can feel it on your back
You've got a light you can feel it on your back
Jigsaws falling into place

Find me in the crowd.

Estarei algures pela Sé ou no Campo das Cebolas
Provavelmente com copos na mão.
Eu e mais 10345742 amigos.

Story to tell.

Alguém se lembra do filme da Sharon Stone, com o Russell Crowe e o Gene Hackman, " The Quick and the Dead"?

Sharon Stone - Pistoleira

Gene Hackman - Pistoleiro Vilão

Cena Final - Gunfight no faroeste entre Sharon e Gene


Agora, vamos transpor isto para o Tribunal de Gondomar.
Uma loura e um vilão.
Bate boca em tribunal.

Bom filme.

Nice one. Burn.


A partir de hoje, se algum elemento da Guarda Nacional Republicana ou da Polícia de Segurança Pública me vier dizer que estou a fumar num local indevido, digo-lhes para irem levar com um avião fretado pelo meu dinheiro de contribuinte bem no fundo da peida.

E de seguida, dou uma passa.

13 de maio de 2008

Divine Comedy

See you on the other side.

Bom 13 de Maio. E já agora, não se esqueçam da Inquisição.
Vou ter de ir andando para ver se ainda consigo acertar nuns peregrinos a caminho de Fátima.
Um senhor já tem mais pontos que eu. Acertou em 9.
Mas eu só me vou focar nos que estão de joelhos.
Dão mais pontos.
A mim e a eles. Se sobreviverem lá está.

Local de trabalho?

É a falar que a gente se entende.

Com este Acordo Ortográfico, vai ser mais fácil comunicar com as meninas brasileiras de Bragança por mensagem ou carta. Tirando isso, prefiro continuar a falar a língua que demorei anos a aprender. Era simpático já que tive tantos anos para conseguir ter um 97% no teste de Português.

12 de maio de 2008

Para ajudar na Votação

Os Contemporâneos

Programa da Maria

Gato Fedorento

Herman Enciclopédia

Oh my God!

Dizer que o Ricardo fez uma boa época no Huelva é quase tão bom como dizer que o Petit merece um lugar na Selecção A de Portugal.

7+ 2

Ligados a um dia 11.

Um até já.


O Maestro, Boss ninja dos campos de futebol.


O Nº 10.


" Obrigado por ontem, por hoje, por amanhã. "







The National - Autismo em Palco



Os bilhetes estavam esgotados há muito para um concerto que prometia ser um dos melhores do ano dentro do género da música indie. Os nova-iorquinos The National não desapontaram os dedicados fãs portugueses que os receberam na Aula Magna, em Lisboa, sob repetidas ovações.
Após uma longa intro com o palco, ainda despido de músicos, em tons de azul, os The National arrancaram finalmente com «Brainy», ou não fosse este um concerto de promoção do último álbum, «Boxer», editado há cerca de um ano. Ao contrário do que é habitual, as cadeiras da sala não impediram que o público acompanhasse o espectáculo de pé, dançando e cantando ao som de temas como «Secret Meeting», «Mistaken For Strangers» ou «Slow Show».


Squalor Victoria» foi um dos bons exemplos da intensidade sonora dos seis rapazes de Brooklyn. Os The National mostraram-se exímios na condução de viagens entre extremos, dos momentos mais calmos e melódicos ao pulsar quase desesperado de guitarras, bateria e violino.
O vocalista Matt Berninger - que disse sentir-se como se estivesse nas Nações Unidas, prestes a anunciar sanções e aprovar resoluções - foi espelho da bi-polaridade sonora da banda, ora debruçado sobre o microfone em registo de voz bem grave e profundo, ora em puro êxtase, gritando do alto de uma das cadeiras das doutorais, no meio da plateia, agarrando-se a um fã que serviu de apoio.


A comunhão entre banda e público teve um dos pontos mais altos em «Daughters of the Soho Riot», com o refrão final a ser entoado em coro pela plateia. «Fake Empire» e «Start A War», ambos retirados de «Boxer», deram por terminada a primeira parte do espectáculo de forma bem intensa.


O encore voltou a revelar as duas facetas dos The National. «Mr. November», nem de propósito pedido por uma fã momentos antes, tornou a marcar pontos a favor da banda nova-iorquina, que terminou o espectáculo em verdadeiro clímax com «About Today».


Portugal volta a receber os The National em Julho; dia 10 no festival Optimus Alive!08, e a 18 no Centro Cultural Vila-Flor, em Guimarães. O espectáculo deste domingo lançou o aviso: esta é uma banda a não perder!
Alinhamento do concerto:
1. Brainy

2. Secret Meeting

3. Mistaken For Strangers

4. Baby, We'll Be Fine

5. Slow Show

6. Squalor Victoria

7. Abel

8. Wasp Nest

9. Racing Like A Pro

10. Ada

11. Apartment Story

12. Daughters of the Soho Riot

13. Fake Empire

14. Start A War

Encore

15. Green Gloves

16. Mr. November

17. Gospel

18. About Today


8 de maio de 2008

7 de maio de 2008

Implosão do universo

" O inquérito «Comportamentos sexuais e a infecção VIH/SIDA em Portugal» refere igualmente que os homens tiveram no último mês, em média, oito relações sexuais, enquanto as mulheres sete.

Segundo a amostra, 53,8 dos homens considera «totalmente errado» relações sexuais entre duas mulheres adultas, opinião idêntica têm 40 por cento das mulheres. "

in Portugal Diário

Só tenho uma coisa a dizer homens que participaram neste inquérito: estúpidos.

And girls, por favor não se intimidem. Continuem a limpar carpetes. Vocês gostam e nós gostamos de vocês.

6 de maio de 2008

Aguça-se a curiosidade.

Deolinda - Fado toninho

Sing like you'll win it Santana. Or at least try...

Local de trabalho

A: " Era fixe ter mais inputs aqui."

B: " Inputs por aqui à poucos. Se fores à rua, tens é muitas inputas."

Lars and The Real Girl

Conceitos.

Dizer que a Elsa Raposo é empresária é como dizer que o Belmiro é uma rameira.

Just think about it.

Masturbação feminina é a nova ginástica pré parto.

Irrita-me...

Pessoas que a dar o número o telefone o dão um a um. É para criar antecipação?

Penso eu na minha mente:
" Será que vai sair um 2?? Epá aí vem!! Enaa... era um 4... Cum ( e não haverá piadas sobre as mães de vários amigos meus ) caneco!"

Hum... Não.

A ideia de reencarnação hoje em dia é uma merda. Morrer para renascer novamente num país tão mau como este é quase como chegar a uma prisão e pedir para nos sodomizarem no primeiro dia.
Não, obrigado.

O caminho que nós seguimos não é o dos outros.

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,

Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós

Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide!

Tendes estradas,Tendes jardins, tendes canteiros,Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,

Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

José Régio - " Cântico Negro "

5 de maio de 2008

3 de maio de 2008

Eu quero viver.


Esta semana vi o Sicko, o documentário do Michael Moore sobre o Serviço de Saúde americano. Apesar da sua posição de retaliação ao Bush, vísivel em todos os seus documentários ( quase que se torna uma obsessão com razão, já que é o pior presidente que os EUA alguma vez tiveram ), a sua capacidade de apresentar histórias é fantástica. Contar os factos de um modo tão simples, duro e cru pode ser agressivo em certas partes, mas consegue alcançar o objectivo de explicar o porquê de milhares de pessoas nos EUA viverem dependendes de HMO's ( como a nossa Médis ou SAMS ), pondo a sua vida em mãos de empresários que têm como objectivo lucrar mais em cada ano, pondo em risco a vida dos cidadões. Casos de cancro, leucemia, tumores que simplesmente não são tratados porque se fossem, quem teria de pagar os encargos eram as empresas e aí, está quieto. Para quê dispender dinheiro quando ele pode ir para mim?

Há um parte no documentário que me despertou um interesse especial. É referido que na altura em que Ronald Reagan ainda era um actor razoavelmente conhecido, os EUA lutavam contra o misto comunista. Plena Guerra Fria.
O Comunismo era o Eixo do Mal logo a discriminação era evidente.


Nessa altura, o que era feito era simples. Anúncios passavam na televisão demonstrando os perigos da "Socialized Medicin", ou seja, medicamentos e tratamentos compartecipados pelo Estado. A retórica era simples: a partir do momento em que o Estado pagava os medicamentos e tratamentos, começava a exigir noutros aspectos da vida social, como o trabalho, a exigir quotas de produção e a controlar a vida de cada pessoa. Mais cedo ou mais tarde, teriam um estado comunista. Portanto, a solução passava por não depender do Estado para viverem. Serem independentes económicamente dele. Claro que mais tarde, chega a altura de Nixon e aí surge o descalabro total. Empresas privadas são criadas com o "principal objectivo" de ajudar as pessoas carenciadas, propondo seguros que são pagos anualmente e cujo rendimento é dividido pelos acionistas e Estado já que as leis são propostas pelos mesmos.

Ainda hoje vivem com esse trauma social. Todos os anos, milhare de pessoas vêm recusados tratamentos porque simplesmente as empresas seguradoras não querem pagar . Isso ia implicar dispender dinheiro do seu bolso para ajudar alguém.
No pólo deste prisma, países como o Canadá, França ou Inglaterra regem-se por uma realidade é incrivelmente diferente. Assumidamente países democratas, nem que seja por terem combatido em duas Guerras Mundiais, aproveitaram aspectos da visão Socialista e incorporaram-na no seu pensamento democrata. Os SNS ( Serviços Nacionais de Saúde ) são controlados pelo Estado, que compartecipa todos os cuidados dados a um cidadão. Medicamentos, tratamentos, análises, uma simples ida ao médico para ver da constipação, tudo isto é pago pelo Governo. Nenhum cidadão paga por isso. Chegam ao ponto de terem médicos que vão a casa das pessoas, como médicos ao domícilio, que funcionam 24h/7, em quase todas as cidades do país. Ninguém paga para ver o que se passa com a sua saúde.
Isto deixa-me a pensar. Portugal é supostamente um país democrático. Nós vivemos durante anos sobre um regime nacionalista que oprimia, repudiava e calava o povo. Hoje ainda vivemos a paga desses anos. Contudo, continuamos a ter os mesmos problemas. Continuamos a ter as mesmas doenças . Continuamos a precisar de ir a um médico quando estamos doentes.

Então porque devemos pagar para alguém ver o que se passa com a nosso corpo ou mente? Taxas moderadoras, pagamento de ambulâncias, pagamento de tratamentos, pagamento de medicamentos? Desde quando é que isto faz sentido? Eu tenho de pagar para tratar da minha saúde? Ou será que devia ser o Governo a ter esse encargo? Faz-me mais sentido que se querem que eu seja um elemento produtivo da sociedade, eu tenha a capacidade física e mental para exercer as minhas funções na sua plenitude, logo, deveria ser o Estado a zelar igualmente por mim. Para garantir que eu continuo a produzir. Hoje assiste-se a uma crise no nosso SNS com pessoas idosas a terem de pagar pequenas fortunas das suas pequenas pensões para term três ou quatro comprimidos. Jovens grávidas que têm os filhos nas ambulâncias porque não chegam a tempo ao hospital. Blocos hospitalares que são encerrados porque não têm rendimento suficiente em comparação às pessoas que lá vão. Médicos e restante staff que se recusam a trabalhar porque não têm meios nem condições minímas para cuidarem dos seus pacientes. As respostas são sempre as mesmas : " A crise económica...A crise que passamos...". Os nossos dirigentes esquecem-se de que países como a Inglaterra estiveram em duas Guerras Mundias a grande custo e perderem tudo o que tinham. Tiveram de recuperar tudo o que desapareceu. E é aqui que surge a minha questão: Se eles conseguiram, porque é que nós não? Não me venham dizer que ainda estamos na ressaca dos anos em que Salazar esteve à frente do país. Esse trauma mental já devia estar mais que superado. Foi à pouco tempo que se deu o 25 de Abril, foi à 39 anos. Ter essa desculpa é uma falta de respeito por quem lutou pela nossa liberdade. Devíamos ser um país e não um monte de cidades, que vivem independentes de si, e que são regidas por Governos que mudam de 4 em 4 anos e que destroiem tudo o que foi feito até lá sempre que sobem ao poder. Nós não somos arma de arremesso. Não se rege um país com guerras políticas que não servem o bem geral. É falta de respeito.

No filme V for Vendetta, há uma frase e um discurso que recordo frequentemente:


"People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people."


"Good evening, London. Allow me first to apologize for this interruption. I do, like many of you, appreciate the comforts of every day routine- the security of the familiar, the tranquility of repetition. I enjoy them as much as any bloke. But in the spirit of commemoration, thereby those important events of the past usually associated with someone's death or the end of some awful bloody struggle, a celebration of a nice holiday, I thought we could mark this November the 5th, a day that is sadly no longer remembered, by taking some time out of our daily lives to sit down and have a little chat. There are of course those who do not want us to speak. I suspect even now, orders are being shouted into telephones, and men with guns will soon be on their way. Why? Because while the truncheon may be used in lieu of conversation, words will always retain their power. Words offer the means to meaning, and for those who will listen, the enunciation of truth. And the truth is, there is something terribly wrong with this country, isn't there? Cruelty and injustice, intolerance and oppression. And where once you had the freedom to object, to think and speak as you saw fit, you now have censors and systems of surveillance coercing your conformity and soliciting your submission. How did this happen? Who's to blame? Well certainly there are those more responsible than others, and they will be held accountable, but again truth be told, if you're looking for the guilty, you need only look into a mirror. I know why you did it. I know you were afraid. Who wouldn't be? War, terror, disease. There were a myriad of problems which conspired to corrupt your reason and rob you of your common sense. Fear got the best of you, and in your panic you turned to the now high chancellor, Adam Sutler. He promised you order, he promised you peace, and all he demanded in return was your silent, obedient consent. Last night I sought to end that silence. Last night I destroyed the Old Bailey, to remind this country of what it has forgotten. More than four hundred years ago a great citizen wished to embed the fifth of November forever in our memory. His hope was to remind the world that fairness, justice, and freedom are more than words, they are perspectives. So if you've seen nothing, if the crimes of this government remain unknown to you then I would suggest you allow the fifth of November to pass unmarked. But if you see what I see, if you feel as I feel, and if you would seek as I seek, then I ask you to stand beside me one year from tonight, outside the gates of Parliament, and together we shall give them a fifth of November that shall never, ever be forgot."


Pensem bem nestas frases. Simplificam o nosso racíocionio em relação à sociedade. Devemos manter-nos debaixo deste mando de ingratidão? Ou devemos provar que merecemos algo mais do que aquilo que temos? Temos liberdade é verdade. Mas de que nos vale a liberdade, se não a podemos aproveitar ao máximo? Posso ser livre mas morrer porque a ambulância não chegou a tempo de me socorrer é algo que nas mentes de cada um de nós devia ser um pensamento diário.

Não devemos viver sobre as regras que nos são impostas pelos governos que NÓS elegemos, devemos desafiar-nos a combater estes príncipios. Eles só lá estão porque nós os escolhemos e lhes demos a nossa confiança. Se por alguma razão nos sentimos traídos então devemos demonstrá-lo sem medo. Eles, sem nós, não são nada. Nós, sem eles, continuamos a ser homens e mulheres que querem viver nas melhores condições possíveis.

No fundo, cada vez mais acredito que devemos olhar para o espelho sempre que acordamos e pensar: " Quem somos nós? ".

O Poder está na nossa mão. Somos nós que decidimos o que vamos fazer com ele.



"Quer eu queira quer nao queira

esta cidade...ha-de ser uma fronteira

e verdade

cada vez menos

cada vez menos

verdadeira

quer eu queira quer nao queira

no meio desta liberdade

filhos da puta sem razao e sem sentido

no meio da rua

nua crua e bruta

eu luto sempre do outro lado da luta

a policia ja tem meu nome

minha foto ta no ficheiro

porque eu nao me rendo

porque eu nao me rendo nem por ninguem nem por dinheiro

e como sou e quero ser sempre assim

um rio que corre sem principio nem fim

o poder podre dos homens normais

esta a tentar dar cabo d mim

cabo de mim."


Xutos e Pontapés