Pages

4 de fevereiro de 2008

Always better when we're together?

Saiu tudo cá para fora. Não há nada a fazer. Já cá está. E agora? Essa é uma boa questão. Teremos de ver o que vai acontecer. Não vale a pena derramar sobre leite azedo e entornado. Talvez seja preocupante pensar porque é que o leite se entornou. No fundo, talvez seja essa a questão mais importante. Se há algo que aprendemos ao longo da vida e com as milhares de experiências pelas quais passamos, é que há certas coisas das quais no devemos manter afastado e nem nos devemos pronunciar para não sermos atingidos por fragmentos de bombas que caiem ao nosso lado. Muito menos devemos dar tiros no pé porque afinal, isso doi e a recuperação por vezes não é fácil. Pode nem acontecer. Não temos nada a ganhar ou a perder. Temos de nos sentar e assistir apenas. Independentemente de opiniões que podemos ter sobre assuntos ou acharmos que algo está errado, é incorrecto agir sem pensar nas consequências, porque quando o fazemos provocamos explosões no nosso mundo que podem dar cabo de nós. De nós e dos outros, porque quer queiramos quer não, estamos todos ligados nem que seja por um universo cósmico, porque vivemos no mesmo mundo, porque partilhamos aspectos da nossa vida, porque temos uma relação. O que devemos fazer se tal acontece? Não sei. Realmente é complicado pensar numa maneira de saltar para cima da bomba quando ela já explodiu. Há algo que tenho a certeza, é que existem repercurssões. Conscientes ou não, propositadas ou não, as coisas mudam. A vida dá mais uma volta. Seja para mim seja para outros. Só nos resta viver com a mudanças, adaptarmo-nos, para não passarmos novamente por ela.
Tenho receio. Receio de estar errado, de pensar incorrectamente, das consequências que se avizinham. Em grande parte, não por mim mas pelos outros. Cada um tem a sua razão, e eu compreendo todas. Não posso deixar de o fazer. Os sentimentos que andam pelo ar e que já se fazem sentir são impossíveis de contrariar. Os nervos estão à flor da pele. Prontos para serem traduzidos em palavras agressivas que têm uma razão e que, novamente digo, eu concordo que surgam. Mas por outro lado, existe algo mais importante para consertar. Fazer entender que há palavras que não podem ser ditas por A, B ou C simplesmente porque não devemos. Existe um fio condutor da amizade que nos guia e esse fio não deve ser quebrado. Seja para um lado, seja para o outro. As atitudes deverão ser as mesmas.
Volto a dizer, tenho receio. Por todos nós. Porque o receio não vem só. Vem carregado de dúvidas que nos quebram o coração. Nos mudam. Nos fazem ser desconfiados mesmo no meio da nossa "casa".
Fico a pensar no que será daqui para a frente.

0 Ah e tal...: