Pages

16 de outubro de 2007

Romantismo incurável

Tem surgido em vários conversas o tema do amor. Especificamente, amor intemporal. Quem acredita? Quem não?

Eu digo que sim. Que existe. Que anda por aí.

Em todas as vezes que dizemos que amamos os nossos pais, que amamos os nossos amigos, o nosso cão, estamos a demonstrar que existe um sentimento que irá perdurar ao longo do tempo independentemente das adversidades que possam surgir.

Há quem possa rebater : " numa relação as coisas não são a mesma coisa. Pode acabar de um momento para o outro ". Ok, até pode ser verdade. Mas que sentido faz pensar que estamos numa dança que irá acabar um dia? Não retira logo o prazer da relação? Sentimos algo cá dentro que nos faz querer melhorar quando acreditamos que tudo vai correr bem. Retira-se o prazo de validade do rótulo e temos sempre à nossa disposição um sentimento que se mantem ao nosso lado quando estamos mais em baixo.

Vejam o exemplo dos velhotes.

Durante anos vivem lado a lado. Será apenas por comodidade? Não acredito. Podem sempre mudar a qualquer altura. Não o fazem. Porquê? Eu acredito que existe algo que os une, pode não ser amor, mas há algo ali. Que os mantem juntos até ao final. Simplesmente porque sabem que aquela pessoa é a correcta para eles.

Ora nós jovens somos algo mais momentâneos. Temos tendência para o imediato. Para o que nos dá prazer aqui e agora. Mas então e no futuro?
Para quê ter um pão na mão de cada vez quando podemos levar um saco?
É esse o segredo de uma relação. Acreditar.
Até pode acabar. A dor será a mesma. Mas naqueles instantes em que tínhamos a certeza, serão os segundos mais sinceros da nossa vida.
Porque acreditamos.

Fica o pensamento dum pequeno Romeu.

0 Ah e tal...: