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25 de março de 2011

24 de março de 2011

Got Love The Internet.

Down to The Wire.

O dia de ontem não trouxe nenhuma novidade ao país. Aconteceu o que era esperado, o Governo demitiu-se porque o 4º PEC não foi aprovado na Assembleia da República. Depois das 20h, o ex-PM José Sócrates dirigiu-se ao país admitindo a sua demissão e a sua tristeza por ver que as suas tentativas de impedir que o FMI entrasse em Portugal, saíram frustradas.

Penso que era pensamento comum que a sua saída era necessária para que os portugueses pudessem voltar a olhar para a política, e para o PS, com novos olhos. O problema é que o timing da situação é incrivelmente errado. Antes de uma cimeira europeia, ficamos sem Governo, ou seja, não temos ninguém a defender-nos perante uma iminente "invasão" do FMI. De tanta coisa que José Sócrates fez e disse, algumas deviam ter sido levadas a sério: agir agressivamente para evitar uma situação económica muito negativa é obrigatório. Podia era tê-lo feito e dito de outra maneira. O problema que os portugueses têm com Sócrates não é inteiramente com as suas políticas. Acredito piamente que o descontentamento advém do modo como foram comunicadas as decisões políticas, de um modo arrogante, crítico, seco que moldou a imagem de um político teimoso e agressivo que não precisa de se justificar nem mesmo às pessoas que o elegeram. Aqui, reside o grande problema de Sócrates.

Este pensamento surge-me num momento que ouço pessoas na rua dizerem: "O PS é o Sócrates.". Esta ideia confirma que a personalidade de Sócrates entranhou-se nas suas políticas, retirando legitimidade e compreensão por parte do povo. Erro fatal. As pessoas passaram a odiar pessoalmente o homem, o político, o ser humano.

Agora, com a queda do Governo, temos outra questão: O PSD irá alterar as políticas que o PS queria fazer? Não, não vai. Não vai porque não existe outra solução senão continuarmos com as medidas de austeridade de modo a reduzir o défice e controlar a receita/despesa do Estado.

Como será que vão dizer aos portugueses que vão continuar com as mesmas políticas depois de tanto pregaram contra as mesmas? Vai depender da personalidade de Pedro Passos Coelho. O seu ar blazé, inexperiente tem de se alterar para um político decidido porque é aí que vai encontrar coro nas pessoas. Tem de tomar decisões difíceis e assumi-las perante o país, sem ser agressivo como Sócrates nem panhonhas como é neste momento. Se ele tem capacidade para isso? Duvido.

Quem fica a ganhar no meio de tudo isto é o CDS-PP. Qualquer cenário é win-win situation.
Caso o país vá para eleições, o PSD não consegue maioria absoluta logo terá de se associar a um partido para conseguir governar com estabilidade. A primeira, e para já única escolha, é o CDS. Acredito que será o partido que terá mais votos, entre eles, o PCP e o BE, podendo ser o peso final na balança de quem governa este país. O Paulo Portas continua a demonstrar que sabe mexer-se muito bem nos meandros políticos. Pelo contrário, o PCP e o BE passaram a imagem de meninos embirrentos que simplesmente são do contra, sem apresentaram qualquer tipo de ideia ou intervenção útil para o país perdendo assim uma oportunidade de ouro de chegaram um dia ao Governo.

No meio disto tudo, pergunto-me o que é o Cavaco anda a fazer.
Se foi para isto que Portugal o elegeu, mais valia terem eleito o Salvador, o tipo paralítico. Esse ao menos tem uma desculpa para não se mexer.

21 de março de 2011

Coronas All Night (I'll Remember)

Eras um amigo, uma pessoa com quem tive o prazer e alegria de privar, rir, beber muitas cervejas, estar bem disposto, conversar a sério. Tenho muita pena que tenhas escolhido outro caminho para resolveres os teus problemas. Saíste pela porta que estava mais próxima. Não entendo, mas tenho que aceitar. As pessoas que te conheciam têm de aceitar.
Não vão encontrar respostas, apenas desculpas para descarregaram o que não entendem.

Devias ter ficado por aqui Patrick Açafrão.

Para o bem ou para o mal, com mais ou menos problemas, devias ter ficado aqui.

10 de março de 2011

Got Blinded by The Light.

Qual é a nova moda de fazer petições por tudo e por nada?
Somos obrigados a gramar com petições completamente absurdas como meio de expressão de opiniões?
Se é para fazermos petições, então se calhar vamos apostar em coisas realmente úteis para o povo português, com um cariz social. Algumas sugestões:

"Petição para expulsar a Paula Bobone do país. Não precisamos que nos ensinem que o guardanapo fica no lado direito, ao lado da faca."

"Petição para deixarmos de chamar jornalista ao Carlos Castro. Escusamos de ofender os jornalistas."

"Petição para acabar com o programa da RTP "Vôo Directo" porque para vermos más actuações já temos os actores do "Lua Vermelha."

"Petição para que cada rua de Portugal tenha o nome de um jovem a receber 500€ ou menos."

"Petição para que deputado Ricardo Rodrigues finalmente devolva os gravadores aos jornalistas da Sábado ou leva um enxerto de porrada."

"Petição para que o Sporting arranje uma estrutura directiva. Já ninguém os pode ouvir."

"Petição para que a deputada Ana Gomes faça uma plástica porque parece um homem. E mete medo."

"Petição para que os jovens comecem a escrever como seres humanos normais em vez de macacos que não sabem a diferença entre um C e um X."

"Petição para acabar com petições realmente estúpidas."

God Help or I'll Go Mental.

"A Câmara de Lisboa já recebeu o grupo de cidadãos que quer ver o nome do cronista Carlos Castro atribuído a uma rua e informou que, como é habitual, vai submeter a proposta à comissão municipal de Toponímia."

in DN.

Não tenho nada contra o Carlos Castro.

Não conhecia o senhor nem me importo se era gay. Cada um vive como quer. Ninguém tem nada a haver com isso.

Acho é que se vamos homenagear "jornalistas", podíamos era mesmo fazê-lo com jornalistas.

To Care For Long.

Acho que este fim de semana vou rever o "500 Days of Summer".
Tenho vontade de ver uma família de chineses no meu quarto.

9 de março de 2011

Here Comes The Pain.

"Sou preferencialmente de esquerda. Sou do Benfica. Sou muitas coisas. O que não sou é avaliado pelas minhas competências e recompensado pelo meu trabalho e investimento.

Ao olhar para trás, para a geração dos meus pais e dos meus avós, vejo uma vida difícil onde se esforçaram para conseguirem falar livremente sem terem medo da repressão. Essa vida era dura porque o dinheiro também era escasso e não existia tantas oportunidades de trabalho. Fazia-se o que aparecia.

Hoje, olho para a minha vida e dou por mim a pensar: "É isto que tenho? O que será dos meus filhos?".

Tal como tantos amigos e desconhecidos da minha idade, tirei um curso superior com a crença de que esses estudos me iam ajudar na vida profissional, abrir portas em vários níveis, nem que fosse por me tornar um rapaz mais qualificado para um mercado de trabalho muito competitivo. Esforcei-me para ir ao encontro das expectativas dos meus pais, que sempre quiseram que tivesse mais oportunidades que eles para ter uma vida melhor. O plano saiu furado.

Quero ter uma casa, mas não tenho dinheiro para pagar um empréstimo a um banco. Quero viajar, mas não tenho dinheiro. Quero ter um contrato de trabalho, mas só me dão recibos verdes. Foi isto que os meus pais acharam que seria a minha juventude? Não foi. Nem eu achei que seria assim.

Não me interessa se a manifestação tem associações à esquerda ou à direita, o que realmente me importa é que nós, os jovens, temos um futuro cinzento à nossa frente. Não está inteiramente nas mãos de políticos mudar esse futuro, está nas nossas. Somos nós que elegemos quem nos governa portanto o poder é nosso, não deles. Se esta manifestação servir para berrarmos os nossos direitos, então vou estar presente. Como diz o meu avô: "Luta pelo que é teu". Eu luto, av
ô."

Texto publicado no Público Online inserido no tema "Por que é que VOU participar no protesto da "geração à rasca"?

7 de março de 2011

Actor Out Of Work.

Este ano o Carnaval vai ser invadido por drools viciados em leite e violência.

"What we were after now was the old surprise visit. That was a real kick and good for laughs and lashings of the old ultraviolent."

Damn Winter.

Neste preciso momento estou a devanear ao som dos Radiohead e do seu "The King of Limbs".

E sim, o dono disto está de volta.