29 de julho de 2010
I'm Counting on your Fingers.
The Original Sin.
28 de julho de 2010
I'm gonna wrap your legs around my head and where you like the crown that you are.
27 de julho de 2010
Freaking Fun Facts Of Life.
26 de julho de 2010
Rest is For the Dead.
Palco Super Bock - Começa a ser o ponto de encontro fulcral para os espectadores que preferem descobrir novos sons e novas bandas perante os grandes nomes que são contratados para o palco principal. Este ano terá sido o melhor no que toca a nomes com Local Natives, Calvin Harris, Gossip, The XX, Florence & The Machine e muitos outros que mostraram aos senhores da Everything is New que o "alternativo" passou a ser sinónimo de enchente e que uma tenda bem maior é essencial.
Diversidade de sons - Com três palcos e tantas bandas, torna-se um desafio ouvir tudo mas um festival de nome é isso mesmo, diversidade e escolha, o que é sempre bom.
Gossip + Florence & The Machine - Duas bandas encabeçadas por mulheres que conseguiram a maior enchente no palco Superbock. É verdade que hoje em dia rapidamente se adquire o estatuto de estrela e se deixa a boa música para trás. Não é o caso destas duas. Bons álbums, bons concertos, boa festa.
Manic Street Preachers - O rock dos 90 está de volta. Eles foram a surpresa do Alive para mim. Provavelmente muita gente queria era ver os Skunk Anansie, contudo, foram estes senhores de Manchester que deram um excelente concerto com uma setlist muito bem organizada. E se ao ínicio as pessoas estavam relutantes, ao fim da segunda música já se cantava e pulava.
Música eletrónica - Esteve muito bem representada com três grandes nomes: Calvin Harris, Bloody Beetroots e Steve Aoki. Cada um deles deu um concerto memorável. Sacaram público aos cabeças de cartaz que actuavam à mesma hora com destaque para os Bloody que encheram a tenda.
Pearl Jam - Palavras para quê?
O pior
Preço da comida e da bebida - Bem sei que têm de pagar aos artistas mas quer dizer, um pacote de batatas custar 2.5€ é capaz de ser um bocado caro não?
The XX - Banda coqueluche do momento, estiveram muitos furos abaixo para quem os viu na Aula Magna. A música é muito boa sem dúvida, só que ganha muito mais encanto pela teatralidade que os elementos apresentam em palco. Todo o ensemble que se viu na Aula Magna ficou em casa e no Alive, eram simplesmente três pessoas a tocar. Não se sentiu a distinção.
Local Natives às 5h? - Talvez a banda mais desconhecida mesmo para os aficionados do palco Superbock, mereciam algo mais que ser uma banda que toca às 5h. Já o ano passado os Gaslight Anthem também tiverem esse papel inglório. Pergunto-me se não mereciam tocar um pouco mais tarde, ser a segunda banda, onde teriam mais gente a assistir a um dos mais belos concertos deste festival.
LCD Soundsystem depois de Pearl Jam - É uma das coisas que menos compreendo. Colocar quem quer que seja depois de Pearl Jam é o mesmo que dizer "Toca aí alguma cena que a malta já vem". Uma banda deste calibre não pode estar a seguir ao grande nome do festival. Não faz sentido nenhum e não é de admirar que o concerto tenha sido morno.
Kasabian - Com muita pena minha, passaram completamente ao lado do festival. Uma das melhores bandas britânicas dos últimos anos esteve encaixada entre os Alice in Chain e Faith No More, os dois grandes dos anos 90, e claro, o seu rock não tem nada a haver com o dos outros. Não foi um mau concerto é verdade só que já têm idade para serem tratados de outra forma.
Nota Final: 8
Terminado este, segue-se para o Meco onde o SBSR nos espera.
Pelo caminho, ainda há um passeio de barco. O Grooveboat, patrocinado pela HCollective. Uma tarde muito bem passada a passear pelo Tejo enquanto se bebiam umas morangoskas e se ouviam um house bem bacano. Gente gira, divertida, tudo numa boa onda Miami Style. Espero que tenham experimentado porque já terminou por este ano. Mas quem sabe, para o ano há mais?
Agora o SBSR.
SBSR - Edição de 2010
O melhor
A boa onda - Sentia-se no ar a boa disposição das pessoas. Não estava a abarrotar como no Alive. Comia-se e bebia-se sem esperar muito, várias coisas a acontecerem, concertos de verão para ver. Foi uma boa groove.
Temper Trap - A banda australiana era um dos nomes a reter neste SBSR depois de uma seca passagem por Paredes de Coura. Já com airplay suficiente para encher o palco secundário, demonstraram que o pop rock australiano está para durar e que temas como Love Lost e Sweet Disposition são tão orelhudos que percorrem o mundo tudo. Estava com receio da voz do senhor, mas no final, nada a apontar a não ser concerto-chave do palco secundário.
Beach House - Apesar da música pop calma que os reflecte, levaram muita gente à sua margem e com o cenário de fim de tarde montado, deram um concerto perfeito para o primeiro dia do festival onde se queria estar no modo chill-out.
Cut Copy - Quem os viu e quem os vê. São, a par dos The Presets, a melhor coisa que saiu da Austrália quando se fala em electro pop. Refrões orelhudos e dançáveis, foram perfeitos para dar o mote aos Pet Shop Boys.
Seguimento de Hot Chip e Vampire Weekend - As duas bandas principais do segundo dia demonstraram que são crowd favorites. Os Hot Chip transformaram o Meco numa pista de dança (e de pó) gigante com um concerto memorável através dos seus sons electrónicos, misturados com pop e rock. Fica na memória Over and Over e I Feel Better. Se as pessoas já estavam bem dispostas, então depois da actuação, só se viam sorrisos. 20min depois, aparecem os Vampire Weekend com a música do festival, Cousins, onde estavamos nós e a tua prima. Estes rapazotes são a alegria em pessoa com os seus africanos e letras janotas. Vasculharam os seus dois álbuns de maneira inteligente e puseram toda a gente aos pulos como se estivessemos numa festa tribal qualquer. Estes dois juntos provocaram a maior nuvem de pó do SBSR sem dúvida.
The National - Pouco se pode dizer que não tenha sido já dito. Eles são a coqueluche do "alternativo" em Portugal. Os reis declarados. Muita gente não lhes dá valor porque os considera depressivos. Opiniões são opiniões. Na minha, Matt Berninger é um dos melhores letristas da actualidade. Ao fim do sexto concerto em Portugal, é claro que Portugal tornou-se uma segunda casa para estes senhores que os irão seguir para onde forem. Talvez seja interessante ver o que acontecia se fossem tocar a Coimbra ou ao Porto. Nota ainda para o modo como terminaram o concerto com About Today. Precioso.
John Butler Trio- O concerto que queria mesmo ver depois de o ter perdido no Alive. Curto, é verdade, mas espectacular. Querem guitarristas? Têm aqui um. Dá 10 a zero ao Ben Harper. Vejam vídeos de Ocean e vão perceber. Um concerto que merecia ter sido um pouco mais cedo para não ser à mesma hora que Prince o que lhe roubou muito público. Mesmo assim, valeu muito a pena.
Pet Shop Boys e Prince - Os dois grandes nomes deste festival. Para mim só me interessava ver Pet Shop Boys mais pelo espectáculo visual que pela música confesso. E porra que concerto. Não há nada igual. Visualmente são a melhor banda em palco sem dúvidas. Tudo encenado de uma maneira que durante os primeiros 10min ninguém batia palmas, olhavam para o palco de boca aberta. Já Prince, pelo contrário, aposta na música e na guitarra épica. O homem continua a dar-lhe forte e feio sempre com aquele estilo ambíguo e de diva que o caracteriza. Foi um concerto muito funky e soul, com destaque para as músicas que Ana Moura cantou com o artista. Foi um momento bem janota.
O pior
Os acessos - Gosto muito do Meco, tenho lá casa à anos e conheço bem aquela zona. Quando ouvi que o festival ia ser lá pensei: "Vai ser o caos." Dito e feito. Foi o caos generalizado tanto para Lisboa como para o Meco. Filas intermináveis em estradas secundárias muito estreitas, pessoas a caminhar pela estrada sem luz, basicamente uma confusão previsível e que não foi tratada como devia ter sido pela Música no Coração. Para quem tem anos disto, não há desculpas que justifiquem a confusão que se passou.
O pó - Confesso que não foi a loucura que muita gente diz, mas a verdade é que incomodou. Também algo a rever para o ano.
Julian Casablancas - Ainda não atingi o porquê deste álbum a solo. O dele e o do Brandon Flowers. Para quê fazer música que soa exactamente ao que se tinha com a banda? Os Strokes eram bem mais interessantes que o Casablancas a solo. Concerto chato de ser ver e de se ouvir com aquela voz melosa.
Para terminar fica a frase destas férias.
"Projecta na minha boca."
Priceless...