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3 de setembro de 2009

Supressive Fire.


Com que então a Manuela foi-se...

Deixem-me tentar fazer um ar surpreso como ela quando o Marinho Pinto começou aos berros...

Não consigo. Não tenho plásticas suficientes.

Segundo as notícias mais recentes sobre o caso, a Prisa suspendeu o formato do Jornal Nacional das 6ª's por razões económicas e estruturais, tendo em conta a reestruturação da Impresa. De seguida, toda o direcção de informação anunciou também a sua demissão em solidariedade com a pivot.

Posso dar a minha opinião? Siiim... Então, eu dou.

A Manuela pode ter sido uma excelente jornalista na época da RTP, onde começou a formar o seu estilo aguerrido e pouco profissional, mas que a caracteriza. Nos últimos anos, o que temos visto é exactamente o oposto do jornalismo, na minha concepção do que o jornalismo deve ser: uma busca pela informação válida, real, credível e não influencida. Durante anos, o seu estilo ajudou a passar a imagem de que a Tvi era uma televisão de massas, com uma capacidade de influência nunca antes vista, tendo em conta que 70% deste país é constituído por atrasados mentais que não têm neurónios suficientes para pensarem por si mesmos. A verdade é que o seu estilo limitou o jornalismo feito na Tvi, sabendo que é editora e tem poder de decisão sobre cada peça. Ficou patente em momentos chave como com Miguel Sousa Tavares, Marcelo Rebelo de Sousa, Marinho Pinto e mais grave, em peças de teor político onde a informação era transmitida conjuntamente com opiniões pessoais que qualquer inteligente conseguiria confirmar. O que peca, acima de tudo, é a confirmação de que sem o Moniz, a Manuela não tinha capacidade nem brio profissional para se manter em cima da onda, e não me venham dizer que estamos em ano de eleicções e que pode ser uma jogada estudada do PS, porque agora ou depois, o resultado era o mesmo. O Moniz aparava os golpes da Manuela, sempre foi e sempre seria.

No que toca ao jornalismo, àrea à qual estou ligado e da qual me licenciei, considero que fica mais livre de impurezas e má fama, porque o jornalismo não tem a haver com influenciar as massas, mas sim com dar as informações com independência de favores e poderes.

No que diz respeito à política, esta é uma má notícia para o PS porque toda a gente vai acreditar que isto é o seguimento da jogada Moniz. Retiraram o patrão, agora vai a outra. Talvez seja assim, talvez não. A verdade é que o PS fica em maus lençóis ao ser visto como um opressor da liberdade da informação e escolher alvos jornalísticos para abater ( algo que também acontece ao contrário ). Para quem tem alguma informação mais detalhada, sabe que nesta altura do campeonato, o PS não se arrisca assim tanto por uma jornalista, que apesar de ter influência, não tinha poder sem o marido.

Estamos a assistir à queda da Tvi, queda prevista desde a saída de Marcelo Rebelo de Sousa, mas suportada pelo Moniz que se aguentou mais do que eu esperava.

Agora, a questão mais importante que se coloca é: Sem a boca da Manuela, onde é que a malta da Tvi vai guardar os carros?

0 Ah e tal...: