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10 de setembro de 2009

Simple Gestures.

Aos senhores da Emel:

" Caros Filhos de Puta, é com todo o prazer que vos escrevo este recado, na esperança de ajudar a melhorar o serviço ilegal que prestal aos vossos empregadores.
Como sabemos, o vosso trabalho ilegal consiste em multar as pessoas que tenham o seu veículo estacionado numa zona paga, e claro, que não tenha nenhum ticket de estacionamento atenciosamente pago e colocado numa zona visível. Ora, por vezes, acontece que os parquímetros estão avariados por razões que desconheço e não quero saber, sendo que coloco atenciosamente um papel no tablier do meu veículo a indicar essa mesma situação.
De seguida, desloco-me para o meu local de trabalho onde desenvolvo as funções que me foram atribuídas ao contrário do que os senhores Filhos de Puta fazem, ou seja, fuder a vida aos outros. Ilegalmente, é claro.
Não é o meu espanto quando hoje, quando uma situação semelhante acontece, me deparo com um envelope vosso no meu pára-brisas, dentro do qual estava um papel com números que inicialmente achei que era o número das vossas mães. Entusiasmado, ia começar a digitar os números quando me apercebo que estava errado. Não das vossas mães porque essas costumam rodar as corporações de bombeiros do país, mas sim nos números. Eram valores de uma multa.
Aí confesso que fiquei algo chateado. Mas... como a vida são dois dias e o carnaval três, esbocei um sorriso e fiz algo que aconselho a todas as pessoas. Peguei nesse envelope e juntei aos outros dois que tinha recebido nos dias anteriores, no caixote do lixo da Rua Ivens.
Fi-lo com o intuito de ajudar o ambiente porque não deitei no chão e pensei para mim mesmo " Pode ser que algum vagabundo precise de papel para limpar o rabiosque."
E é assim caros Filhos de Puta. Agradeço as lembranças que me deixam, mas não era necessário. Já tenho muito papel higiénico em casa.

Abraços e beijinhos,

Cyclone. "

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